OA
OA é terceiro álbum da carreira solo de Rapha Moraes e representa uma fase introspectiva e intimista do artista. Todas as canções ganharam uma estética mais atmosférica e revelam um lado muito íntimo do compositor através de suas letras. Na época Rapha não tirava de seus players sons como RYX, Oláfur Arnolds e Bon Ver. Essa inspiração se somou ao trabalho de Gustavo Schirmer, que assumiu a produção musical do álbum, que foi co-produzido pelo próprio Rapha Moraes..






SHOW AO VIVO
Disco OA (2019)
Direção Artística: Rapha Moraes
Produção Musical: Gustavo Schirmer
Co-produção Musical: Raphael Moraes
Mixagem: Gustavo Schirmer
Inserções de Mixagem e Mixagem Da Faixa "Sorte": Vinicius "Nico" Braganholo
Masterização: Mauricio Gargel
Bateria, Sintetizadores, Guitarra, Baixo, Violão e Backings: Gustavo Schirmer
Voz, Violão, Baixo: Rapha Moraes
Sopros: Lauro Ribeiro
Compositores:
Letras Por Raphael Moraes
Músicas Por Raphael Moraes
Exceto As Faixas "Abissal"; "Céu 2"; "Céu 1" e "Não Quero Mais" por Rapha Moraes e Gustavo Schirmer
Faixa-a-faixa, por Rapha Moraes:
1 – ABISSAL
É a faixa do primeiro mergulho. Buscamos criar atmosferas sonoras mais cinematográficas e que poderiam sugerir imagens ao ouvinte. Captamos com um clássico “TASCAM” os sons na
floresta e depois os trouxemos para o estúdio. E o texto utilizado veio pra contextualizar as ideias que eu tinha sobre o álbum e o que estamos dizendo nele. A frase foi retirada do livro “Meus Balões”, autobiográfico de Alberto Santos Dumont.
2 – CORAGEM
Essa letra parte de um ponto de vista bem pessoal sobre a necessidade de ter coragem para enfrentar os desafios mais íntimos de perdas e despedidas. Da necessidade de evoluir, melhorar. E acho que esse discurso se encaixou bem com o momento do país também. A coragem está sendo tão necessária.
3 – CORREDEIRAS
Essa foi uma das últimas faixas do álbum. Pré-produzi ela em casa com caminhos de synths, levadas e arranjo. O Schirmer lapidou tudo, limpou e agregou ideias. A letra fala sobre mudança ou a busca dela. Sobre se desfazer do que somos, pra seguir para um “novo eu”. É um pouco como a fase em que as cobras trocam de pele. A letra foi inspirada nisso.
4 – MAIS DO QUE É
Talvez a letra mais doída pra mim. Escrevi quando realmente sentia que o excesso de realidade ao meu redor me murchava a inspiração. Sempre pensei naquela ideia de que “a arte existe porque a vida em si não basta”. Acho que é do Ferreira Gullar. E naquele momento eu pensava: e se houvesse excesso de vida? Teria espaço para arte em mim?
5 – CÉU 2
Céu 2 é outra parceria minha com o Schirmer. A letra, que saiu no improviso acabou contando uma história cronológica que se passava dentro de mim. Céu 1 fala sobre alguém que escuta uma voz, enquanto em Céu 2 essa mesma pessoa conta para outra o que ouviu. Tem um lance de espiritualidade ou de um olhar além da matéria.
6 – CÉU 1
Pela primeira vez no processo do álbum ligamos um pedal de voz que eu tinha faz anos e começamos a brincar com timbres e efeitos. O Schirmer plugou a guitarra e em questão de 1 hora e pouco tínhamos a música pronta e gravada. No improviso. A letra saiu junto com a harmonia e depois de pronta tentamos regravar ela. Porém, uma nova letra não se encaixava assim como uma novo formato de arranjo também não. Resolvemos simplesmente regravar o improviso.
7 – VENTO
Uma das últimas, se não a última faixa a entrar no disco. Traz um pouco do groove sugerido pela “Coragem” e é mais uma que fala sobre despedida, usando um dos elementos que mais gosto na vida, que é o mar.
8 – ESTRELAS PARTIDAS
Uma das primeiras músicas do álbum, já estava pronta desde o início de 2017, quase como ficou no resultado final. A primeira letra que devo ter escrito e que fala sobre um dos temas principais do disco: partidas, mudanças, despedidas.
9 – SORTE (SYNTH)
Essa canção é mais antiga do álbum. Já lutou para entrar em outros álbuns de outros projetos que lancei. Sempre gostei dela e achava que tinha conexão com o contexto todo. Dessa vez os arranjos me convenceram.
10 – NÃO QUERO MAIS
Essa canção foi feita em uma parceria minha com o Schirmer. Talvez tenha sido a primeira delas. Enquanto ele tocava acordes no violão, eu ia esboçando melodias já com a letra que acabou ficando. Gravamos a bateria em um galpão de marcenaria enorme e utilizamos isso para o som do disco